Minha dica do dia vem da Baixada Fluminense.
RAP
Na segunda-feira, dia 19, o rapper Rincon Sapiência foi até os Colors Studios, em Berlim, e por lá gravou uma nova canção chamada “Mundo Manicongo”. A música faz parte do projeto do disco novo do artista, que será lançado ainda em 2019. Fazendo homenagem a Lia de Itamaracá, cirandeira e filha de um casal de agricultores que levou a ciranda pernambucana para diferentes locais do planeta, recebendo o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade Federal de Pernambuco, a UFPE.
Por Nicollas Witzel – O Globo
De um lado, uma pedra angular do rap brasileiro, sucesso de banda e carreira solo e inspiração para tantos outros artistas do gênero. Do outro, uma estrela ascendente que já conquistou espaço no Brasil e agora aponta para o exterior. Marcelo Maldonado Peixoto, ou Marcelo D2, e Abebe Bikila, o BK, se juntaram no prédio do GLOBO, no Centro do Rio, para gravar suas participações no projeto Toca no Telhado. O vídeo, com música e entrevista, pode ser conferido no canal do jornal no Youtube.
Sem ensaio, os artistas improvisaram uma fusão de duas músicas, ‘Febre do Rato’ (do disco ‘Amar é para os fortes’, o mais recente de D2) e ‘Titãs’ (do álbum ‘Gigantes’, de BK), embaladas pela batida de El Lif Beatz, beatmaker e produtor do selo e gravadora Pirâmide Perdida, do qual BK também faz parte.
Uma das revelações do rap brasileiro, o cantor Djonga faz show no Minas Tennis Clube, em Brasília, no dia 18 de maio, a partir das 22h. A apresentação faz parte da turnê de seu último disco ‘Ladrão’, (2019) que conta com sucessos como “Hat Trick”, “Ladrão” e “Leal”.
Além do show do rapper a festa tem as atrações Contamina Rec (Alencar Mtz, Lobo, OG Mato, Lil Sadan, Jacob) e Novin Mob e os DJs HUGO DROP, MTHS e PUZZO. E tem a ambientação feita por Josué Anjos, representando uma identidade exclusiva. Os ingressos já estão disponíveis e variam entre R$30 e R$60 .
SERVIÇO – Festa Contamina – Djonga
Local: Minas Tennis Clube (Asa Norte)
Data: 18 de maio (sábado)
Horário: 22h
Ingressos:
Pista
- 1° Lote R$ 40,00
- 2° Lote R$ 50,00
- 3° Lote R$ 60,00
Lounge: Com bebidas, área privilegiada e sem filas (contato 61 99988-0827)
Pontos de Vendas (a partir de 23/04):
- THUGTRICK (Praça Central do CONIC)
- 4eVINTE (102 Sul e Layback )
- I LOVE BEER TAP HOUSE (210 Norte)
- JOINT HEADSHOP (212 Norte)
- COFFEESHOP 101 (Vista Shopping – Águas Claras
- A’GRINGA THE HOUSE (QNB 13 – Taguatinga Norte)
- Time Bomb ( Shopping popular da ceilandia)
- Lojas da Óticas Diniz
Por Pedro Antunes – Rolling Stone
Desenhada com peso, a canção tem explosões como os disparos narrados pelo rapper. Sangra na distorção e nos seus versos. Raivosa, sim, porque é que “rasga, mata e cala”, como diz o refrão.
“Se as armas libertassem, a fábrica da Colt era o Jardim do Édem”, diz BK. Parece óbvio, certo? Mas, pelo visto, o dedo ainda precisa ser colocado nessa ferida.
Em tempos de debate político intenso, há quem esqueça do lado social das discussões. A vida que se esvazia com o sangue jorrado por um buraco de bala. BK e Scalene trazem o problema mais para perto. A questão é urgente e precisa ser tratada.
A parceria com BK se deu rápido, porque o rapper e a banda estarão no alto dos palcos do Lollapalooza Brasil, a ser realizado entre os dias 5 e 7 de abril, no Autódromo de Interlagos. Scalene se apresenta sexta, 5, às 14h. Mais ou menos no mesmo horário, às 14h10, no domingo, é a vez de BK.
O rapper mineiro lançou seu terceiro álbum, “Ladrão”, no dia 13 de março, mesma data de lançamento dos antecessores: “Heresia” e “O menino que queria ser Deus”. Segundo o artista em entrevista para a Rolling Stone Brasil, a escolha da data não foi programada, como o disco teria ficado pronto próximo do dia 13, Djonga resolveu aproveitar a data “de sorte”.
A capa já demonstra a tradicional ironia de Gustavo Pereira Marques, onde Djonga segura a cabeça de um membro da Ku Klux Klan cheia de sangue com a sua avó sentada na mesa ao fundo. Sobre a capa e contracapa do disco o rapper explica em seu Instagram:
“Quando eu era criança, eu andava na rua e me sentia ladrão mesmo quando nunca tinha roubado nada. As pessoas olhavam com medo. Quando cresci mais um pouco, roubei pra ter e pra me sentir melhor, pra me sentir fodão… O tempo passou e eu entendi que tipo de ladrão eu devia ser: esse que busca e traz de volta pras minhas e pros meus. Se preparem pra ver meu melhor, eu juro que eu dei meu melhor, e dessa vez eu to falando sério. Quando eu disse que queria ser Deus, eu não sabia a responsa que eu tava chamando pra mim. Quando eu entendi, eu percebi o que eu devia fazer, aí eu fui lá e fiz o que eu sempre fiz: roubei, roubei e trouxe de volta!”
Com hits como “Hat Trick”, “Ladrão” e “Leal”, o álbum foi disponibilizado primeiro no youtube, para que todas as pessoas tenham acesso a ele juntas, já que nem todos tem assinatura das tradicionais plataformas de streaming. Na sexta-feira, Ladrão estará disponível em todas as plataformas.
Ouça o álbum completo no Youtube:
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Artistas de cidade lutaram para tornar o gênero respeitado e conhecido

Gustavo da Hungria Neves tem 1 bilhão de visualizações no YouTube
Texto por: Adriana Izel e Matheus Dantas* para o Correio Braziliense
A relação de Brasília com o hip-hop é antiga. Nomes como Gog, Viela 17 e Câmbio Negro são precursores de um gênero que, entre os anos de 1980 e 1990, trouxe em suas letras denúncias das dificuldades dos jovens na periferia, da violência e do tráfico de drogas. Esses artistas lutaram muito tempo por um rap com mais expressão e visibilidade, não só dentro da capital federal, mas no Brasil.
“Existiam alguns fatores que dificultavam para os rappers realizar e propagar os trabalhos, que, na época, era a questão das gravadoras, da visibilidade e do olhar das pessoas para a cena do rap daqui. Mas nunca desistimos e, hoje, todos nós estamos colhendo esses frutos, sendo merecedores de estarmos vivendo esse momento e exportando um som de qualidade para o Brasil todo”, explica o rapper Japão, do Viela 17.

Rashid divulgou o primeiro trabalho literário em maio deste ano
Texto: Rebeca Borges, Correio Braziliense
Mesmo antes de se tornar conhecido por seus trabalhos musicais, o rapper Rashid tinha uma forte conexão com as palavras. Aos 12 anos, o pequeno Michel Dias Costa escrevia as próprias composições. O paulistano cresceu, se encontrou no universo do rap e, entre 2010 e 2018, lançou sete trabalhos musicais, como álbuns e EPs. Agora, as letras acharam um novo rumo na vida do artista. Neste mês de maio, Rashid divulgou o primeiro livro: Ideias que rimam mais que palavras – Vol.1.
Dj Abraão | Zona Suburbana
“Nos deram espelhos e vimos um mundo doente”. A frase do eterno Renato Russo, parte da música “Índios” da Legião Urbana, foi o pontapé inspirativo para a nova música do Alquimia Reversa intitulada “Ao Menos uma Vez”.
Essa citação repleta de significados traz diversos conflitos como a estranheza com o mundo, a dor dos inocentes, as dúvidas do autor e o desejo de compreensão da vida e, isso também foi captado pelo Alquimia Reversa nessa sua mais nova faixa. Alkimista e Odini versam sobre a dor, as injustiças, a sociedade e suas frustrações, seus medos , crenças e descrenças em um beat carregado de profundidade do Símio Beatz. A música vem com o primeiro clipe do grupo. O videoclipe teve toda a produção feita por amigos dos rappers que conforme ressalta Alkmista “tem sido nosso apoio e nos ajudado na evolução”.