O material foi produzido em três dias e está disponível no Youtube
O material foi produzido em três dias e está disponível no Youtube
Por Jornal do Rap
Inspirado no deus Dionísio, faixas serão criadas, gravadas e mixadas em apenas duas semanas
Após fazer, “Bluesman”, o álbum mais aclamado do ano passado, Baco Exu do Blues está prestes a gravar seu terceiro disco. Para isso se propôs um desafio: morar com sua equipe no antológico estúdio “Toca do Bandido” no Rio de Janeiro por duas semanas e produzir o álbum completo neste tempo.
Por Rollin Stone
Nos últimos anos, o rap se instaurou como, de longe, o gênero musical mais ouvido. E isso se deve, principalmente, pela inquietude vinda desses artistas, que buscam sempre novas rotas, inovação e superação, ideiais que não se vê muito no rock atual. Com isso em mente, é impossível não enxergar o momento exemplar pelo qual o rap nacional passa, e a galera de fora já se ligou.
Na última quarta-feira (28), o cantor Hiran lançou o single “Lágrima”, em parceria com Gloria Groove e Baco Exu do Blues. A música conta ainda com a participação do Àttooxxá. A faixa fala sobre desejo e sedução, fazendo uma mistura de pop, rap e R&B.
Quem acompanha a pujante cena do rap nacional seguramente já ouviu falar em Baco Exu do Blues, músico baiano de 23 anos que iniciou sua trajetória artística questionando o protagonismo de cantores do eixo Rio-São Paulo no alcance nacional do hip-hop. No final de novembro de 2018, o artista lançou seu segundo álbum, intitulado Bluesman, que rapidamente ganhou os topos de listas em plataformas de streaming, além de notas generosas de críticos e veículos especializados.
No dia 11 de maio de 2019, o artista e sua crew, apelidado de “facção carinhosa”, chega a Brasília para apresentar o show de Bluesman, em festa que tem início às 22h, no espaço Arena Lounge do Estádio Nacional de Brasília. Os ingressos podem ser adquiridos pelo site Sympla e custam R$ 40, em valores de primeiro lote.
Diogo Moncorvo – nome de batismo de Baco – tem pouca idade mas muita experiência nos palcos. É que desde muito cedo, participava de rinhas de MC em Salvador, cidade onde nasceu. Por lá acompanhou o amadurecimento de uma cena de talentos memoráveis para as rimas. Foi quando lançou em redes sociais a faixa “Suicídio”, ao lado de Diomedes Chinaski, que o projetou a nível nacional, trazendo-lhe grande público amante do rap.
Em 2017, lançou seu primeiro disco, Esú, tido como seu “álbum de renascimento”, que gira sobre um personagem em transição, “metade homem, metade Deus”, passando por inúmeras provações na vida, da depressão ao prazer. O trabalho tem como fonte as religiões de matriz africana, trazendo-as à linguagem das rimas e das ruas, sob a produção de TAS e com beats de Nansy Silvvz, que evidenciam a boa dose de mistura entre sons da cultura popular – dos atabaques do Candomblé aos cânticos iorubás – e os scratches e samples do rap.
O álbum foi eleito 5o melhor do Brasil naquele ano pela revista Rolling Stone e Baco venceu o Troféu APCA 2017 nas categorias “artista revelação”, “música do ano” e “disco do ano”, e o Prêmio Multishow de Música Brasileira como “artista revelação” e “melhor música”, fatos que foram grandes estimulantes para o lançamento de Bluesman no final do ano passado. O disco de nove faixas, produzidas pelo próprio Baco – e ilustradas uma a uma pela fotógrafa Helen Salomão -, conta com parcerias com Tim Bernardes, Tuyo, 1LUM3 e Bibi Caetano, além de beats produzidos por Portugal, JLZ e DKVPZ. O álbum foi lançado junto a filme de 8 minutos dirigido por Douglas Bernardt, agregando nova camada ao universo estético do disco.
Dividido em atos, o álbum parte do blues, “o primeiro ritmo a formar pretos ricos, o primeiro ritmo que tornou pretos livres”, para falar da autoestima do homem negro e das consequências psicológicas do racismo estrutural brasileiro. Sem tocar blues, se valendo, portanto, da profundidade do estilo, capaz de tocar fundo, Bluesman narra uma jornada pelo autoconhecimento, flertando a depressão e a violência, encarando o enfrentamento e comprovando a intensidade do rapper em seu processo de composição.
“Queima minha pele”, em parceria com Tim Bernardes, “Kanye West da Bahia”, com DKVPZ e Bibi Caetano, “Girassóis de Van Gogh”, “Me desculpa Jay Z”, com 1LUM3 e a faixa homônima ao disco constam em playlists e listas de grande acesso na web. O disco já rendeu a Baco Exu do Blues o título de disco do ano 2018 pela revista Rolling Stone.
A apresentação única em Brasília traz o repertório integral de Bluesman, além de singles e de faixas de Esú. Acompanhado pelo DJ BBzão e pela segunda voz potente de Shan Luango, Baco traz o guitarrista Ricardo Caian e as backing vocals Bibi Caetano e Aisha Valdoni neste novo show. A data de Brasília conta ainda com a participação do trio curitibano Tuyo, banda de crescimento exponencial no cenário musical brasileiro, que empresta as vozes doces das irmãs Lio e Lay ao álbum Bluesman na aclamada faixa “Flamingos”.
Além do show de Baco Exu do Blues, a noite conta com abertura da banda DKVPZ (leia-se “diquéps”). O duo de produtores de Campinas promete se destacar na cena da música urbana em 2019, ao incorporar beats tropicais e brasileiros à música eletrônica global, tendo se apresentado em Lisboa no começo deste ano e ganhando muitas pistas Brasil afora. Na noite do show, apresentam-se ainda os DJs BBzão e Donna, vencedora do prêmio de DJ do ano no Women’s Music Event (WME). O show de lançamento é realizado em uma parceria entre a 999 Produções e o festival Favela Sounds e a classificação indicativa é de 16 anos.
Serviço – Baco Exu do Blues lança Bluesman em Brasília
Data: 11 de maio de 2019 (sábado)
Horário: a partir das 22h
Local: Arena Lounge do Estádio Nacional Mané Garrincha
Atrações: Baco Exu do Blues (com participação especial da banda Tuyo), DKVPS e discotecagem dos DJs BBzão e Donna
Classificação indicativa: não recomendado para menores de 16 anos
Ingressos à venda pelo site Sympla
Valores:
Produção: 999 Produções, Um Nome Produção e Comunicação e Favela Sounds
A segunda edição dos Prêmios MTV Miaw 2019 foi gravada nesta quarta-feira, (03), no Credicard Hall, em São Paulo, e foi exibido pela emissora nesta quinta, (04). O Miaw é a versão brasileira do MTV Millennial Awards, que premia os artistas através de uma votação pela internet e conta com um total de 29 categorias. A premiação ainda contou com diversas apresentações, dentre elas Emicida, Pabllo Vittar e Majur cantando AMARelo.
O rapper baiano Baco Exu do Blues ganhou prêmio na categoria “Entertainment for Music” (entretenimento para música), no Cannes Lions 2019, com o curta “Bluesman”. O brasileiro foi o primeiro a ganhar o GP nessa categoria, superando nomes com Jay – Z e Beyoncé que concorriam na mesma categoria com “Apeshit”.
Produção da AKQA São Paulo e a Stink Filmes e dirigido por Douglas Bernardt, o curta mostra como os negros são tratados no Brasil. Apesar de serem a maioria da população, constantemente, são vítimas de racismo, sendo excluídos e marginalizados.
Link filme Bluesman https://www.youtube.com/watch?v=-xFz8zZo-Dw
A música é uma nova versão do single “Devagarinho”, do álbum “Voa Longe” de Lilly, que foi lançado em 2018. A ideia era utilizar da poesia de Arnaldo e das rimas de Baco para dar vida nova a música.
Baco Exu do Blues que é um dos responsáveis pela produção da música disse via assessoria que “foi uma ótima experiência produzir essa faixa com duas vozes tão diferentes e bonitas. Misturar minhas rimas com o poema de Arnaldo e ter a voz de Illy guiando essa história deu um resultado foda.”